segunda-feira, 10 de maio de 2010

A POESIA COMO FORMA DE HOMENAGEAR AS MÃES





As diferentes habilidades e talentos associadas à necessidade de maior proximidade, aconchego e intimidade com nossas mães, permitem às familias, os filhos em grupo ou individualmente planejar os mais variados modos de prestar homenagem à pessoa mais querida de nossas vidas que é nossa Mãe.

Há quem faça um lauto almoço, regado a vinho; um pic-nic ao ar livre, um momento no mar beliscando e bebericando numa barraquinha de palha á beira da praia; há quem faça serenata para a mãe, nossa, que chic! Outros ainda mandam mensagens em uma cesta de chá ou de café da manhã; há aqueles que fazem orações, visitam um templo, mandam celebrar uma missa e há também os que escrevem canções ou poemas tirados lá do fundo do coração...

A minha Mãe não estava aqui no Dia das Mães. Ela partiu já faz algum tempo. Mas,no dia dedicado às Mães, de manhã cedo, sentada à beira da minha cama, fiz as minhas orações por minha Mãe, de forma mais demorada e por todas as mães do meu Brasil. E para ela e todas em geral tenho dedicado um pouco do que gosto muito de fazer: escrever poesias. A poesia é um dos mais bonitos jeitos de se dizer o que nos vai na alma e como ela se sente diante das situações de sucesso,de perda, de desafios ou ainda como nossa alma vagueia no mundo da imaginação, dos desejos, da contemplação, da saudade... do amor!...


Apreciem algumas das minhas produções poéticas marcadas pelo sentimento filial, maternal, oscilando entre a saudade e a exaltação.





À MINHA MÃE
Eri Paiva

Eu te escolhi
E tu me acolheste.
Por nove meses,
Em teu ventre,
Moradia eu fiz.
.
Vim à luz
E, sob o mesmo teto,
Nas asas da tua proteção,
Sob os teus cuidados
E carinho materno,
Eu cresci, amadureci.

Alcei vôo
Da tua companhia.
Família constitui
E, só então, compreendi,
Em profundidade,
A beleza da maternidade
Quando lindos netos te dei.
Com a mesma tua responsabilidade,
Os filhos criei.

A certa altura,
Então sob os nossos cuidados
De filhos desvelados e tão amados
E, na mesma medida do teu carinho,
Quando o tempo te fez envelhecer
Tuas forças enfraquecer,
Cuidamos de ti,
Até que, lentamente,
Te chega o ocaso, de presente.

E alças vôo...
Aqui deixando um velho coração
Que, se muito amou,
Também muito sofreu
E, está aí, o teu mérito,
Junto a Deus.

Saudades, mamãe!
Grande saudade
Que um dia se esvai!
Nosso encontro está marcado
Na eternidade!



Dedicado à minha Mãe Enedina de Oliveira Paiva
Em 10.05.2008 – Dia das Mães
Natal/RN/Brasil

Publicado em:
http://www.corujando.com.br/poemas_poesias/jul_2008/mae_ausente.htm






MAIS UM DIA...
Dedicado à minha Mãe Enedina Paiva)

Eri Paiva

Se Deus me pudesse dar
Um dia, só mais um dia,
De tua presença maternal,
No teu colo, mãe, eu deitaria
E tanto carinho te daria
Como nunca te dei igual!

Se um novo dia eu tivesse
Eu aproveitava toda hora!...
Cantaria aquela tua canção,
Pedia a Nossa Senhora
Para te acudir sem demora
Se te doesse o coração.

Faria teus gostos, mamãe,
Com todo amor e presteza!
Iria, outra vez, te levar
A ver do mar, sua grandeza,
Colher flores, cuja beleza
Ornamentariam teu altar.

Antes de terminar nosso tempo,
Afagaria teus brancos cabelos,
Até o teu sono chegar...
Sob teus cuidados e desvelos
Te entregaria meus segredos
Para teu coração, mãe, guardar!

Hoje, aqui, é Dia das Mães!
Neste momento se me aflora
Desejo de te abraçar, te beijar...
Onde estiveres esta hora,
Abençoa-me, mamãe, agora
E até nosso encontro se dar!...

Natal/RN
Em 10.05.2009
Dia das Mães

Publicada no site do Poeta Elio Mollo
http://aeradoespirito.sites.uol.com.br






BENDITO FRUTO DO TEU VENTRE
Eri Paiva

No teu ventre macio, palpita
Uma nova Vida em gestação!
Coração se faz pleno de emoção,
Alma de prazer se rejubila,
Tudo em ti é comunhão!

O milagre da vida te faz Mãe,
Participante do mistério do Criador
Que sendo Tudo, em ti é e te faz
Bondade, Compaixão e Amor,
Abnegação, Ternura e Paz!

Ave, ó Mulher-Mãe! Bendita sejas!
Pela beleza da maternidade, agraciada,
Todo o teu ser acolhe a vida
Que em ti pulsa e lateja,
De forma lenta, tranquila, cadenciada!

Teu corpo é o relicário perfeito
Que, amoroso, se molda e de tal jeito
Para nutrir e manter a pequenina semente
Que a luz há de ver crescer e florir;!
Mãe! Bendito seja o fruto do teu ventre!

Em 09. 05. 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário